terça-feira, agosto 12

Portadores de deficiências participam de festival em Itapagipe

O esporte como fonte de inclusão social. Com esta motivação, estudantes portadores de deficiências, pais e professores do Colégio Estadual Vitor Soares, abriram, nesta terça-feira (12), com um desfile pelas ruas de Itapagipe, na Cidade Baixa, as atividades do I Festival Esportivo Cultural da Integração. Vestindo roupas brancas, eles homenagearam as Olimpíadas de Pequim, com as bandeiras dos cinco continentes e faixas pedindo “pela vida” e alertando “contra a guerra”.

A programação continua nesta quarta-feira (13), com competições esportivas, de basquete e handebol, além de xadrez, dama e dominó. Na quinta acontecerão os torneios interclasse e, paralelo às atividades, haverá uma feira de artesanato, com exposição de peças produzidas pelos alunos. Uma festa com DJ encerrará o evento, na sexta-feira.

A animação contagiou a todos, e os moradores vizinhos se juntaram ao desfile. Até a chuva foi motivo para mais alegria. A cadeira de rodas não foi empecilho para o estudante Alírio de Jesus, portador de deficiência física e mental, que levou a sua energia e o sorriso largo no rosto durante todo percurso.

Os olhos brilharam e ele ficou tão empolgado ao falar da sua participação a partir desta terça, nos jogos adaptados de tiro direto, que deu um salto da cadeira. A professora de educação física, Ivete Lira, traduziu a atitude de Alírio como uma demonstração de felicidade.

Ela acrescentou que a escola se une pelo esporte e atividades culturais que são realizadas na quadra poliesportiva, onde acontece todas as integrações. O Vitor Soares é dividido em dois blocos. Um, para atividades de educação especial, e outro, para aula regular, e o que une os dois é a quadra.

Para Maria Vasconcelos, mãe do aluno Paulo, portador de deficiência mental, este tipo de atividade é muito importante. “Ele tem se desenvolvido muito e hoje, em especial, está radiante, por estar lá na frente, segurando a bandeira da Bahia”.

A unidade escolar funciona nos três turnos e trabalha com inclusão de pessoas com necessidades especiais, mas também atende alunos regulares. São 2.100 estudantes, divididos nos três turnos, sendo que destes, 675 são portadores de algum tipo de deficiência.

Em um núcleo da escola, são oferecidas oficinas pré-profissionalizantes de culinária, bordado, marcenaria, arte-terapia, Tai Chi Chuan. Além das atividades de dança, música e esportes. E no outro núcleo, os alunos freqüentam as aulas regulares. De acordo com o diretor, José Carlos Lima, ao chegar no colégio, o estudante passa por uma triagem e é encaminhado para a atividade que melhor se adapte. À medida que vai se desenvolvendo participa também das aulas regulares.
Fonte: AGECOM

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